O lugar no contexto

(1) Entidade geográfica mencionada

Lailoo. Lailoo 55(1), 57(1), 58(3), 132(1).

Nas orações: 667, 702, 703, 704, 709, 1798.

  1. [667](Cap. 55) Aquella noite seguinte tomamos hum paraoo de pescadores, & lhe perguntamos que juncos estauão dentro, quantos eraõ, & que gẽte tinhaõ, & outras cousas que fazião a nosso caso, a que responderaõ que là encima na cidade aueria obra de duzentos jũcos somẽte, porque os mais eraõ ja partidos para Ainão, & Sumbor, & Lailoo, & outros portos da Cauchenchina, mas que aly na pouoaçaõ de Xamoy podiamos estar seguros, onde nos venderião todo o mantimẽto que ouuessemos myster.
  2. [702](Cap. 57) E dando com este feruor hũa grande grita, marearaõ as vellas em popa para o porto de Lailoo que ficaua atras oito legoas, ao qual por conselho que sobre isso se teue, Antonio de Faria se foy aparelhar para esta briga que esperaua de ter com este cossayro, em busca do qual, como atras fica dito, tinha gastado tanto tempo, sem atè então poder ter nouas delle em nenhum porto de quantos correra.
  3. [703](Cap. 58) Do que Antonio de Faria fez em Lailoo, onde se apercebeo para yr pelejar com Coja Acem.
  4. [704](Cap. 58) Svrgindo nòs ao outro dia pela menham no porto de Lailoo, o Quiay Panjão que Antonio de Faria leuaua por companheyro, que como se ja disse, era Chim de naçaõ, & tinha muytos parentes naquella terra, & era nella muyto conhecido & valido com todos, pedio ao Mandarim, que era Capitão do lugar, que por nosso dinheyro nos desse o que ouuessemos myster, o que lhe elle concedeo, assi pelo receyo que teue de lhe poderẽ fazer algum dano, como por hũa peita de mil cruzados que Antonio de Faria lhe deu por isso com que ficou satisfeito.
  5. [709](Cap. 58) Com isto nos partimos deste lugar de Lailoo muyto embandeirados, com as gauias toldadas de pannos de seda, & os juncos & lorchas com duas ordẽs de paueses por banda, com seus baileus de popa & de proa, & outros sobrebaileus leuadiços para se poderẽ armar nos tempos necessarios; & prouue a nosso Senhor que dentro de tres dias chegamos às pesqueiras onde Coja Acem tinha tomado o jũco dos Portugueses, & tanto que anoiteceo Antonio de Faria mandou espiar o rio, onde tinha por nouas que elle estaua.
  6. [1798](Cap. 132) Passados estes vinte dias em que os feridos guareceraõ sem em todo este tẽpo auer entre nos reconciliaçaõ da desauença passada, nos embarcamos ainda assi malauindos com este cossayro, os tres no jũco em que elle hia, & os cinco no outro de que era Capitão hum seu sobrinho, & partidos daquy para hum porto que se chamaua Lailoo, auante do Chincheo sete legoas, & desta ilha oitenta, seguimos por nossa derrota com ventos bonanças ao longo da costa de Lamau, espaço de noue dias, & sendo hũa menham quasi Noroeste sueste co rio do sal, que estâ abaixo do Chabaquee cinco legoas, nos cometeo hum ladraõ com sete jũcos muyto alterosos, & pelejando com nosco das seis horas da menham até as dez, em que tiuemos hũa briga assaz trauada de muytos arremessos assi de lanças como de fogo, em fim se queimarão tres vellas, as duas do ladrão, & hũa das nossas, que foy o junco em que hião os cinco Portugueses, a que por nenhũa via pudemos ser bõs, por ja a este tempo termos a mayor parte da gente ferida.

(2) Objecto geográfico interpretado

Porto. Parte de: China.

Referente contemporâneo: Xiamen Gang, China (AS). Lat. 24.418610, long. 118.076940.

Porto. FMPP (vol 3, p. 98): na ilha Jinmen no Xiamenwan. 24º 26′ N, 118º 19′ E.

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