O lugar no contexto

(1) Entidade geográfica mencionada

Timplão. Timplão 158(2), 162(2), 165(2).

Nas orações: 2238, 2248, 2322, 2349, 2411, 2421.

  1. [2238](Cap. 158) Pareceome razão & cõueniente às cousas de que vou tratando apartarme agora hum pouco deste tyranno Bramaa, ao qual me tornarey a seu tempo, para tratar do caminho que fizemos daquy para a cidade de Timplão metropoli deste imperio Calaminhan, que quer dizer, senhor do mundo, porque na sua lingoa, cala, he senhor, & minhan he mundo, & por outra via se intitula tambem, absoluto senhor da força bruta dos elifantes da terra, porque na verdade este o he mais que outro nenhum em todo o vniuerso como adiante se dirâ.
  2. [2248](Cap. 158) O Naugator desta cidade agasalhou bem este embaixador, com muytos refrescos para todos os seus, & lhe deu por nouas que o Calaminhan estaua na cidade de Timplão.
  3. [2322](Cap. 162) Do que mais passamos & vimos antes de chegarmos â cidade de Timplão.
  4. [2349](Cap. 162) Assaz espãtados ficamos todos de hũ caso tão nouo como este, & tambẽ assaz tristes de vermos o desauẽturado estado em que estaua esta pobre molher, & lhe dissemos entaõ o que nos pareceo razaõ, & o que se nos entẽdia, & por fim da pratica assentou cõ nosco de yr dahy a dez dias ter â cidade de Timplão, para se vir em nossa cõpanhia para Pegù, & dahy se embarcar para Choromandel, & acabar seus dias na pouoação do Apostolo S. Tomè.
  5. [2411](Cap. 165) Sendo ja passado hum mês despois que chegamos a esta cidade de Timplão onde então estaua a corte, requerendo o Embaixador a reposta da sua embaixada, lhe foy concedido fallar ao Calaminhan, que o recebeo com mostras de bom sembrante, & lhe fez gasalhado, & despois de tratar breuemente com elle do negocio a que vinha, o remeteo ao Mõuagaruu, que era, como ja disse, o supremo no gouerno do reyno, & nas cousas da guerra, por quem estes despachos ordinariamente corrião.
  6. [2421](Cap. 165) A metropoli de todas estas cidades he esta de Timplão, na qual o mais do tẽpo reside este Emperador Calaminhan cõ toda sua corte.

Timplaõ 107(1).

Nas orações: 1402.

  1. [1402](Cap. 107) Esta cidade do Pequim de que promety dar mais algũa informaçaõ da que tenho dada, he de tal maneyra, & tais saõ todas as cousas della, que quasi me arrependo do que tenho prometido, porque realmente não sey por onde comece a cumprir minha promessa, porque se não ha de imaginar que he ella hũa Roma, hũa Constantinopla, hũa Veneza, hum Paris, hum Londres, hũa Seuilha, hũa Lisboa, nem nenhũa de quantas cidades insignes ha na Europa por mais famosas & populosas que sejão, nem fora da Europa se ha de imaginar que he como o Cairo no Egypto, Taurys na Persia, Amadabad em Cambaya, Bisnagà em Narsinga, o Gouro em Bẽgala, o Auaa no Chaleu, Timplaõ no Calaminhan, Martauão & Bagou em Pegù, ou Guimpel & Tinlau no Siammon, Odiaa no Sornau, Passaruão & Demaa na ilha da Iaoa, Pangor no Lequîo, Vzanguee no graõ Cauchim, Lançame na Tartaria, & Miocoo em Iapaõ, as quais cidades todas saõ metropolis de grandes reynos, porque ousarey a affirmar que todas estas se não podem comparar com a mais pequena cousa deste grãde Pequim, quanto mais com toda a grandeza & sumptuosidade que tem em todas as suas cousas, como saõ soberbos edificios, infinita riqueza, sobejissima fartura & abastança de todas as cousas necessarias, gente, trato, & embarcaçoẽs sem conto, justiça, gouerno, corte pacífica, estado de Tutoẽs, Chaẽs, Anchacys, Aytaos, Puchancys, & Bracaloẽs, porque todos estes gouernão reynos & prouincias muyto grandes, & cõ ordenados grossissimos, os quais residem continuamente nesta cidade, ou outros em seu nome, quando por casos que soccedem se mandão pelo reyno a negocios de importancia.

(2) Objecto geográfico interpretado

Cidade (metrópole). Parte de: Calaminhan.

Cidade. FMP: metrópole do império Calaminham. Volker Grabowsy (FMPP: vol. 3, p. 206): Siang Dong, que no século XVI começou a ser chamada Luang Prabang.

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