O lugar no contexto

(1) Entidade geográfica mencionada

Ainão. Ainão 39(1), 40(1), 42(2), 44(2), 45(5), 48(3), 49(1), 50(3), 52(1), 53(1), 55(1), 56(1), 95(1), 112(1), 118(1), 189(1).

Nas orações: 458, 467, 503, 505, 525, 533, 535, 539, 541, 542, 545, 583, 589, 595, 601, 602, 603, 632, 637, 667, 684, 1172, 1500, 1591, 2820.

  1. [458](Cap. 39) Como Antonio de Faria se partio para a ilha de Ainão em busca do Mouro Coja Acem, & do que achou antes que chegasse a ella.
  2. [467](Cap. 40) Como daquy nos partimos para a ilha de Ainão, onde aula nouas que estulta o Cossayro Coja Acem, & do que nos acõteceo no caminho.
  3. [503](Cap. 42) Do caminho que Antonio de Faria fez indo demandar a ilha de Ainão, & do que lhe aconteceo nelle.
  4. [505](Cap. 42) E chegando a ella ancoramos em hũa angra de bom surgidouro, onde despois que estiuemos tres dias fazendonos prestes, & pondo a artilharia no modo conueniente a nosso proposito, nos partimos via da ilha de Ainão, parecendo a Antonio de Faria que ahy achasse o Coja Acem que andaua buscando.
  5. [525](Cap. 44) Ao outro dia á tarde se partio Antonio de Faria daquelle lugar onde estaua surto, & tornou a demandar a costa de Ainão.
  6. [533](Cap. 44) E tornandolhes a perguntar de que tamanho era aquella ilha de Ainão de que tantas grandezas se contauão, lhe responderaõ elles, dizenos tu primeyro quẽ es, ou a que vẽs, & então te responderemos a tuas preguntas, porque te certificamos em ley de verdade que nunca em nossos dias vimos tanta gente manceba em nauios de veniaga como esta que aquy trazes comtigo, nem tão polida & bem tratada, pelo que nos parece que ou na sua terra as sedas da China saõ tão baratas que não valem nada, ou as elles tomarão tanto de graça, que derão por ellas muyto menos do que valião, porque vemos que por seu passatempo ao lãço de tres dados arremessão hũa peça de damasco tanto sem piedade como homẽs aquem ella custou pouco; ao que Antonio de Faria se sorrio algum tanto secamente, porque entendeo que ja elles atinauão que erão furtadas, & lhes disse que elles fazião aquillo como homẽs mancebos, & filhos de mercadores ricos, que por serem moços estimauão as cousas em menos do que valião; a que elles dissimulando o que ja entendião, responderão, assi parece que deue ser como dizes.
  7. [535](Cap. 45) Do que hum mercador aquy disse a Antonio de Faria acerca das grandezas desta ilha de Ainão.
  8. [539](Cap. 45) Conquistada esta ilha de Ainão, o Cauchim se tornou a recolher para o seu reyno, & deixou nella por Gouernador hum seu Capitão chamado Hoyha Paguarol, o qual se lhe leuantou com ella por algũas justas razoẽs que para isso teue.
  9. [541](Cap. 45) Esta conformidade durou entre elles por tempo de treze annos, dentro dos quais o Rey dos Cauchins foy cinco vezes desbaratado em campo, & falecendo o Hoyha Paguarol sem filho herdeyro, por este beneficio que em sua vida recebera do Rey da China, o declarou em seu testamento por seu legitimo herdeyro & successor, pelo qual de então ategora, que saõ duzentos & trinta & cinco annos, esta ilha de Ainão ficou metida no cetro deste grande Chim.
  10. [542](Cap. 45) E quanto ao que mais me perguntastes dos tisouros, rendas, & pouos desta ilha, disso não sey mais que o que tenho ouuido a algũs antigos que por tutoẽs & chaẽs gouernarão em outro tempo este anchacilado de Ainão, os quais dezião que chegaua toda a rẽda, & minas de prata, com as alfandegas dos portos do mar a dous cõtos & meyo de taeis.
  11. [545](Cap. 45) a que elle respondeo, aconselhote como amigo que não entres em nenhum desta ilha de Ainão, nẽ te fies dos Chins desta terra, porque te affirmo que nenhum te ha de tratar verdade em cousa que te diga, & fiate de mim, porque sou muyto rico, & não te ey de mentir como homẽ pobre.
  12. [583](Cap. 48) E sendo ja menham clara, despois que todos disseraõ hũa Ladainha com muyta deuaçaõ, & prometeraõ boas peças & ricas a nossa Senhora do outeyro de Malaca para ornamentos da casa, Antonio de Faria só por sy, animando primeyro & afagando os dous Mouros, & segurandoos do medo que tinhaõ, lhes perguntou miudamente pelo que pretendia saber, a que elles ambos por hũa boca disseraõ, que quanto ao entrar no rio não auia que temer por ser o milhor de toda aquella enseada, & onde por muytas vezes entrauão & sahião muyto mayores embarcaçoẽs que aquellas que trazião, porque o menos fundo que auia em todo elle, era de quinze atê vinte braças, & que da terra se não arreceasse, porque os moradores della eraõ gẽte por natureza muyto fraca, & que não tinhão armas, & dos estrangeyros que nella estauão, os mais eraõ mercadores que auia noue dias que tinhaõ vindo do reyno de Benão, em duas cafilas de quinhentos bois cada hũa, com muyta prata, & aguila, & seda, & roupas de linho, & marfim, & cera, & lacre, & beijuim, & canfora, & ouro em pô, como o da ilha Çamatra, os quais com estas fazendas vinhão todos a buscar pimenta, & drogas, & perlas da ilha de Ainão, & perguntados se auia por aquella costa algũa armada, disseraõ que não, porque as mais das guerras que o Prechau Emperador dos Cauchins fazia, ou lhe fazião, eraõ por terra, & quando se fazião pelos rios eraõ em embarcaçoẽs pequenas de remo, mas não em nauios grandes como aquelles que trazia, porque não auia fundo para elles, & perguntados se estaua o seu Prechau aly perto, responderaõ que sòs doze dias de caminho na cidade de Quangepaarù onde o mais do tempo residia com sua casa & corte, gouernando em paz & justiça o seu reyno, & perguntados que tisouros & rendas tinha, responderaõ que as minas dos metais reseruados à sua coroa, rendião bem quinze mil picos de prata, de que a metade por ley diuina do Senhor que tudo criara, era dos pobres que cultiuauão as terras, para sustentação de suas familias, mas que por aprazimento & conformidade de todos os pouos lhe largarão liuremente este direyto, paraque daly por diante os não constrangesse a pagarem tributo, nem a cousa que lhes desse opressaõ algũa, pelo qual os antigos Prechaus em cortes lhe tinhão jurado de assi o cumprirem em quanto o Sol desse luz à terra.
  13. [589](Cap. 48) E chegado de todo o numero de almadias hũa somente a bordo, pedio seguro para entrarem, a que foy respondido, que sem nenhum receyo o podião fazer, porque todos eramos seus irmãos; & com isto, de noue que vinhão na almadia, os tres somente subirão ao junco, & Antonio de Faria lhes fez muyto gasalhado, & fazẽdoos assentar em hũa alcatifa, lhes disse que elle era hum mercador natural do reyno de Siaõ, & que vindo de veniaga para a ilha de Ainão, lhe disseraõ que naquella cidade faria milhor & mais seguramẽte sua fazenda que em outra parte, por serem os mercadores & o pouo della de mais verdade que os Chins daquella costa & ilha de Ainão, a que responderaõ, não estàs errado nisso que dizes, por que se es mercador, como pareces, crè que em tudo se te farà aquy muyta honra, pelo qual seguramente podes dormir teu sono descansado, sem te arreceares de nenhũa cousa.
  14. [595](Cap. 49) E tornando logo a mandar o mercador que tinhaõ preso com hũa carta de muytos comprimentos, em que relatauão todo o processo do concerto que tinhão feito, Antonio de Faria lhe respõdeo, que por nenhum modo auia ja de tornar a surgir no porto, porque não tinha monçaõ para andar fazendo tantas detenças, nẽ tantos pousos, mas que se lhe quisessem comprar a fazenda toda por junto, trazendo logo prata quanta bastasse para isso, que lha venderia, & se não que de outra maneyra não queria nenhum concerto com elles, porque estaua muyto escandalizado do pouco respeito que o Nautarel lhe tiuera, em lhe desprezar os seus recados, & que se disto fossem contentes, lhe respondessem dentro de hũa hora, que sò para isso lhe daua de espaço, & se não que se iria caminho de Ainão, onde venderia a fazenda muyto milhor que aly.
  15. [601](Cap. 50) Do que socedeo a Antonio de Faria ate surgir em Madel, porto da ilha de Ainão, onde se encontrou com hum cossayro, & do que passou com elle.
  16. [602](Cap. 50) Vellejando nós daquy deste porto & rio de Mutepinão coa proa ao norte, pareceo bem a Antonio de Faria tornar a demandar a costa de Ainão em busca de hum rio que se dezia Madel, com determinação de ahy ás mares abicar o junco grande em que hia, por lhe fazer muyta agoa, ou se prouer, a troco do que quer que fosse, de outro milhor & mais estanque.
  17. [603](Cap. 50) E auendo ja doze dias que nauegaua cõ ventos ponteyros, chegou ao morro de Pullo Hinhor, ilha dos cocos, & não achãdo ahy nouas do Coja Acẽ que andaua buscando, se tornou a demandar a costa do Sul, onde fez algũas presas boas, & no que nos cuydauamos, bem aquiridas, porque nunca seu intento foy roubar senão só os cossayros que tinhaõ dado a morte, & roubadas as fazendas a muytos Christaõs que frequentauaõ esta enseada & costa de Ainão, os quais cossayros tinhão seus tratos cos Mandarins destes portos, a que dauão muytas & muyto grossas peitas, por lhes consentirem que vendessem na terra o que roubauão no mar.
  18. [632](Cap. 52) E daquy ficou taõ temido por toda esta costa, que o proprio Chaem desta ilha de Ainão, que he o proprio Visorrey della; pelo que tinha ouuido delle, o mandou visitar cõ hum rico presente de perolas & peças douro, & lhe escreueo hũa carta em que lhe dezia que leuaria muyto gosto de elle querer aceitar partido co filho do Sol, para o seruir de seu Capitão mór da costa de Lamau atè Liampoo com dez mil taeis de ordenado cada anno, & que se o seruisse bem conforme à fama que delle corria, lhe seguraua acabando os tres annos, ser acrecentado em titulo de hum dos quarenta Chaẽs do gouerno, com mãdo supremo em toda a justiça, & que lhe lembraua que daquy vinhão os homẽs como elle, se eraõ leais, a ser dos doze Tutoẽs do gouerno, aos quais o filho do Sol, lião coroado no trono do mundo, se communicaua de cama & mesa como membros vindos por honra & mando ao seu corpo, & com partido de cem mil taeis.
  19. [637](Cap. 53) Avendo ja sete meses & meyo que continuauamos nesta enseada de hum bordo no outro, & de rio em rio, assi em ambas as costas de Norte & Sul, como na desta ilha de Ainão, sem Antonio de Faria em todo este tempo poder ter nouas nem recado de Coja Acem, enfadados os soldados deste trabalho em que aulia tanto tempo que continuauão, se ajuntaraõ todos, & lhe requereraõ que do que tinhaõ aquirido lhes desse suas partes conforme a hum assinado que delle tinhaõ, porque com isso se querião yr para a India, ou para onde lhes bem viesse, & sobre isto ouue assaz de desgosto & enfadamentos, por fim dos quais se concertaraõ em irẽ inuernar a Sião, onde se venderia a fazenda que trazião nos juncos, & que despois de ella ser feita em ouro se faria a repartição que requeriaõ, & com este concerto jurado & assinado por todos, se vieraõ surgir a hũa ilha que se dezia dos ladroẽs, por estar mais fora da enseada que todas as outras, para dahy cõ as primeyras bafugẽs da monção fazerem sua viagem, & auendo ja doze dias que aquy estauão, & todos com muyto desejo de darem effeito a isto que tinhaõ assentado, quiz a fortuna que com a conjunçaõ da lũa noua de Oitubro, de que nos sempre tememos, veyo hum tempo tão tempestuoso de chuuas & vẽtos que não se julgou por cousa natural, & como nòs vinhamos faltos de amarras, porque as que tinhamos eraõ quasi todas gastadas, & meyas podres, tanto que o mar começou a se empollar, & o vento Sueste nos tomou em desabrigado, & trauessaõ à costa, fez hum escarceo taõ alto de vagas taõ grossas, que com quanto se buscaraõ todos os meyos possiueis para nos saluarmos, com cortar mastos, desfazer chapiteos & obras mortas de popa & de proa, alijar o conuès, guarnecer bõbas de nouo, baldear fazẽdas ao mar, & ahustar calabretes & viradores para talingar em outras ancoras com a artilharia grossa que se desencarretara dos repairos em que estaua, nada disto nos bastou para nos podermos saluar, porque como o escuro era grãde, o tempo muyto frio, o mar muyto grosso, o vento muyto rijo, as agoas cruzadas, o escarceo muyto alto, & a força da tempestade muyto terriuel, não auia cousa que bastasse a nos dar remedio senão só a misericordia de nosso Senhor, por quem todos com grandes gritos & muytas lagrimas continuamẽte chamauamos, mas como, por nossos peccados, não eramos merecedores de nos elle fazer esta merce, ordenou a sua diuina justiça, que sendo ja passadas as duas horas despois da meya noite nos deu hum pegaõ de vento taõ rijo, que todas as quatro embarcaçoẽs assi como estauão vieraõ à costa, & se fizeraõ em pedaços, onde morreraõ quinhẽtas & oitenta & seis pessoas, em que entraraõ vinte & oito Portugueses, & os mais que nos saluamos pela misericordia de nosso Senhor (que ao todo fomos cinquenta & tres, de que os vinte & dous foraõ Portugueses, & os mais, escrauos & marinheyros) nos fomos assi nùs & feridos meter num charco de agoa; no qual estiuemos atè pela menham, & como o dia foy bem claro, nos tornamos à praya, a qual achamos toda juncada de corpos mortos, cousa taõ lastimosa & espantosa de ver, que não auia homem que só desta vista não caysse pasmado no chaõ, fazendo sobre elles hum tristissimo pranto, acompanhado de muytas bofetadas que hũs & os outros dauão em sy mesmos.
  20. [667](Cap. 55) Aquella noite seguinte tomamos hum paraoo de pescadores, & lhe perguntamos que juncos estauão dentro, quantos eraõ, & que gẽte tinhaõ, & outras cousas que fazião a nosso caso, a que responderaõ que là encima na cidade aueria obra de duzentos jũcos somẽte, porque os mais eraõ ja partidos para Ainão, & Sumbor, & Lailoo, & outros portos da Cauchenchina, mas que aly na pouoaçaõ de Xamoy podiamos estar seguros, onde nos venderião todo o mantimẽto que ouuessemos myster.
  21. [684](Cap. 56) Antonio de Faria lhes veyo a dar conta de todo o successo da sua perdição, & de todos os mais infortunios da sua viagem, & da determinaçaõ da sua derrota para Liampoo, com proposito de lá se reformar de gente & nauios de remo, para tornar de nouo a correr a costa de Ainão, & yr pela enseada da Cauchenchina dentro às minas de Quoanjaparù, onde tinha por nouas que auia seis casas muyto grandes cheyas de prata, a fora outra mòr soma que nas fundiçoẽs se lauraua â borda da agoa, onde sem risco nenhum se podião todos fazer muyto ricos.
  22. [1172](Cap. 95) E despois de se ajũtar tudo o que era necessario para esta taõ insigne obra, se começou a pòr a maõ nella, & diz a historia que em vinte & sete annos se fechou todo o estremo destes dous imperios de ponta a ponta, que segundo se affirma na mesma chronica, he distancia de setenta jaõs, que por nossa cõta, a razaõ de quatro legoas & meya por jão, saõ ao todo trezẽtas & quinze legoas, na qual obra dizem que trabalharão continuos setecẽtos & cinquẽta mil homẽs, de que o pouo, como ja disse, deu a terça parte, & o Sacerdocio & ilhas de Ainão, outra terça parte, & el Rey cos principes & senhores, & Chaẽs, & Anchacys do gouerno a outra terça parte.
  23. [1500](Cap. 112) E esta seita com todas as mais que se achão neste barbarismo da China, que, segundo eu soube delles, & ja disse algũas vezes, saõ trinta & duas, vieraõ do reyno de Pegù ter a Sião, & daly por sacerdotes & cabizondos se espalharaõ por toda a terra firme de Cãboja, Champaa, Laos, Gucos, Pafuas, Chiammay, imperio de Vzanguee, & Cauchenchina, & pelo arcipelago das ilhas de Ainão, Lequios, & Iapaõ, ate os confins do Miacoo & Bandou, de maneyra que a peçonha destes erpes corrõpeo tamanha parte do mũdo como a maldita seita de Mafamede.
  24. [1591](Cap. 118) Se o senhor Mitaquer, Nauticor de Lançame nos der hum assinado seu em nome del Rey de nos mãdar por seguros nas agoas do mar da ilha de Ainão, donde nos possamos yr liuremente para nossa terra, quiçà que lhe farey eu tomar o castello co muyto pouco trabalho.
  25. [2820](Cap. 189) Nos matos da costa tem muito brasil, & pao preto, de que todos os annos se carregão mais de cem jũcos para a China, Ainão, Lequios, Camboja, & Chãpá, & tẽ mais muita cera, mel, & açucar.

Ainaõ 37(1), 46(1).

Nas orações: 440, 562.

  1. [440](Cap. 37) A isto responderão os seus, que aquelle junco grande que diziamos era de hum Mouro Guzarate por nome Coja Acem, que aquella menham sayra do rio, & que hia carregado de Brasil para a ilha de Ainaõ.
  2. [562](Cap. 46) E porque ja se sabiaõ por toda a terra os males que nos tinha feitos, receando poder encontrar com algũa força nossa, se viera a esta enseada da Cauchenchina, onde como mercador fazia fazenda, & como cossayro tambem salteaua os cõ que se atreuia; & que auia ja tres annos que tomara aquelle rio por colheita de seus furtos, & tambem por auer que nelle estaria mais seguro de nós, porque não custumauamos fazer fazenda nos portos daquella enseada & ilha de Ainaõ.

(2) Objecto geográfico interpretado

Ilha (enseada, costa). Parte de: China.

Referente contemporâneo: Hainan Sheng, China (AS). Lat. 19.250000, long. 109.750000.

Ilha, enseada, ilhas. GT s.v. Ainã. Hai-Nam. 19º N 110º E

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